Será inaugurada na quinta-feira (20), às 10h, no aterro sanitário da Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos (CRVR), em Santa Maria, a 1ª usina termelétrica da região que funcionará a partir da queima do gás metano, que é gerado pela decomposição do lixo.
A usina, de R$ 7,5 milhões, foi importada da Alemanha e tem potência de 1 megawhat (MW), o suficiente para abastecer 15 mil moradias. Segundo o diretor-presidente da CRVR, Leomyr Girondi, além de gerar uma energia limpa, aproveitando o gás que era disperdiçado no aterro sanitário e tinha de ser queimado, a usina vai gerar créditos de carbono para serem vendidos:
– Será a 4ª usina da CRVR no Estado. A primeira, em Minas do Leão, começou em 2015 e gera 8,5 MW. Em setembro, inauguramos uma em Giruá e outra em Victor Graeff, com 1 MW cada. Em 2023, poderemos ampliar em Santa Maria, com mais 1 MW, e abrir outra em São Leopoldo. A energia é vendida no mercado livre, para empresas.
Nesta quarta (19), o aterro da CRVR, na Caturrita, tem 40 hectares e recebe 420 toneladas de lixo por dia daqui e de outras 38 cidades. Ele tem 20 anos de vida útil, mas ainda vai gerar metano para abastecer a usina por 28 anos.
R$ 14 mi em triagem
Além da usina, a CRVR está investindo R$ 14 milhões para construir uma linha semiautomatizada de triagem de lixo, para separar e reciclar vários tipos de materiais do lixo que vem das 39 cidades. A previsão é inaugurar essa linha em 2023, gerando 50 empregos diretos.
A capacidade será de triar 25 toneladas por hora. Além disso, em março, deve ser inaugurada, também no aterro de Santa Maria, uma usina de tratamento de efluentes, como esgoto e resíduos industriais, com investimento de R$ 6,8 milhões.